Art. 130 - Expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso, a contágio de moléstia venérea, de que sabe ou deve saber que está contaminado:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
§ 1º - Se é intenção do agente transmitir a moléstia:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 2º - Somente se procede mediante representação.
Perigo de contágio de moléstia grave
Art. 131 - Praticar, com o fim de transmitir a outrem moléstia grave de que está contaminado, ato capaz de produzir o contágio:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
O Papiloma
Vírus ou HPV (do inglês human
papiloma virus) é um grupo que inclui mais de 100 tipos de vírus. Infecta
os queratinócitos
(células que formam a epiderme e são responsáveis pela produção de queratina) da pele ou mucosas.
Estão associados às lesões benignas, tais como verrugas,
mas algumas formas estão associadas ao câncer do colo do útero.
·
HPV-1
(Cutâneo – Pés)
·
HPV-45
(Mucosa Cervical – Câncer)
·
HPV-18
(Mucosa Cervical- Câncer)
·
HPV-6
(Cutâneo – Região Genital)
·
HPV-11(Cutâneo-
Região Genital)
·
HPV-31
(Mucosa Cervical – Câncer)
·
HPV-16(Mucosa
Cervical- Câncer)
·
HPV-2(Cutâneo-
Mãos)
Estima-se que sejam responsáveis por
mais de 90% de todos os casos de câncer uterinos verificados.
A principal forma de transmissão do
HPV é por via sexual, sendo a doença sexualmente
transmissível (DST) mais frequente. Estima-se que 25
a 50% da população feminina mundial esteja infectada,
e que 75% das mulheres contraiam a infecção durante algum período das suas
vidas. O Ministério da Saúde registra a cada ano
137 mil novos casos no país. Sendo o Brasil um dos líderes mundiais em
incidência de HPV. As vítimas preferenciais são mulheres entre 15 e 25 anos, e
embora a doença também acometa os homens. Especialistas acreditam que o número
menor de registros entre pessoas do sexo masculino seja devido à
baixa procura dos homens por serviços de urologia, por fatores como o preconceito
ou a falta de informação, mas estima-se que 50% da população masculina estejam infectadas
pelo vírus.
O exame de rastreio para diagnóstico destas alterações é a
citologia cervical ou Papanicolau.
O que é fundamental para um diagnóstico e tratamento precoces que terá grande
influencia no prognóstico da doença. O
tratamento é demorado e depende das técnicas aplicadas. E apesar de haver recaída,
é comum, principalmente se diagnosticado a tempo, a cura e a eliminação do vírus do organismo.
Existe no mercado mais de um tipo de vacina contra o HPV, que previnem a infecção por alguns
dos subtipos mais frequentes de HPV, encontrando-se em discussão a sua inclusão
nos planos nacionais de vacinação de diversos países.
A maioria das infestações não
apresentam sintomas clínicos,
e isto pode ser a explicação para tantos casos
de infecção do HPV. Como não apresenta sintomas, as pessoas não procuram
tratamento e esse comportamento é o grande responsável pela disseminação do
vírus.
Além disso, outras
medidas preventivas como o uso da camisinha diminui a possibilidade de
transmissão na relação sexual, mas como essa infecção depende apenas do contato
com a pele e não necessariamente da penetração, é importante o uso do
preservativo desde o início da relação sexual.
E, sem dúvida, uma simples medida preventiva
como o uso do preservativo é muito mais simples e econômico que se enquadrar no
artigo 130 e 131 do Código Penal.
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