Mizael Bispo é condenado a 20 anos de prisão pelo
assassinato de Mércia Nakashima
Publicação
em 15.03.13
Camera Press
O policial militar reformado Mizael Bispo e
advogado foi condenado a 20 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato
da advogada Mércia Nakashima nesta quinta-feira (14).
Ele foi considerado culpado pelo crime de homicídio triplamente qualificado
- motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Durante a leitura da sentença, o juiz Leandro Jorge Bittencourt Cano destacou
que o fato de o réu ter mentido foi considerado um agravante. O magistrado
afirmou ainda que "gestos de amor jamais podem levar a
pessoa amada à morte". Emocionados, os familiares de Mércia ouviram
a sentença de mãos dadas.
Ao fim da leitura, o juiz também se emocionou. Com a voz embargada, ele
agradeceu aos defensores, aos advogados, jurados e todos os presentes no
plenário.
Sete jurados - cinco mulheres e dois homens - decidiram o destino
de Mizael durante o júri popular que começou na segunda-feira (11), no Fórum
Criminal de Guarulhos, Grande São Paulo.
Ao todo, foram ouvidas nove testemunhas - cinco da acusação, três da
defesa e uma do juízo. Inicialmente, estavam previstas onze testemunhas, mas
duas foram dispensadas pelos advogados do réu.
Do fórum, Mizael volta para o Presídio Militar Romão Gomes, na zona norte de
São Paulo, onde deverá permanecer até se esgotarem todos os recursos da defesa.
Cabem recursos ao TJ-SP, STJ e STF.
Se a pena for confirmada, após sete anos de prisão o réu poderá pedir, na
Justiça, transferência para o regime semiaberto.
Mércia era ex-namorada de Mizael - e com ele teve causas judiciais em comum.
Ela foi encontrada morta em uma represa em Nazaré Paulista, no interior de São
Paulo, em junho de 2010.
Ela havia desaparecido em 23 de maio, após sair da casa dos pais em Guarulhos.
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