Trecho de
entrevista concedida a Revista Congresso em Foco
Revista Congresso
em Foco: Este é o pior Congresso do qual
o senhor participou?
Pedro Simon – Não falo
em pior nem em melhor. É a circunstância que estamos vivendo. Não tem mais o
que fazer. Qual é o próximo escândalo depois da Petrobras? Como é que vamos
começar no ano que vem? [2015]. Na base do “é dando que se recebe”? É preciso
que o Palácio do Planalto reúna o Congresso para governar com seriedade de um
modo muito especial. Todos dizem que querem uma reforma política, uma reforma
partidária, uma reforma na economia, um novo pacto social. Então vamos fazer
isso.
Revista Congresso
em Foco: Depois das manifestações do ano
passado, acreditava-se em uma grande renovação no Congresso, que não houve. Por
quê?
Pedro Simon – Porque o momento não permite. O
escândalo do mensalão foi grande demais. A mocidade foi às ruas
espontaneamente, sem partidos, exigindo mudanças, um Brasil novo. O governo
errou ao tratar os condenados no mensalão como heróis. A classe política caiu
em descrédito. CPIs, como a do Cachoeira, só jogaram a sujeira pra debaixo do
tapete. O governo e os parlamentares ficaram muito desgastados. Muitas pessoas
não aceitaram em hipótese alguma serem candidatas. Conheço pessoas sérias,
advogados, médicos, empresários, professores, que não aceitaram concorrer. Além
disso, o candidato à reeleição tem muita vantagem. As emendas parlamentares,
que somam R$ 15 milhões para cada congressista, muitas vezes decidem uma
eleição.
Ver texto completo em:
Nenhum comentário:
Postar um comentário